Folks,
postei a íntegra de uma matéria da Revista Veja dessa semana, por tratar de uma verdade não só sobre nossos documentários, mas também, sobre uma série de filmes. Diferentemente de obras como ILHA DAS FLORES (post anterior a este)que tem um texto rico e inteligente voltado para argumentação da pobreza na região metropolitana de Porto Alegre.
Cena de Sumidouro: se os miseráveis fossem cineastas, saberiam captar dinheiro público
A melhor passagem do documentário Babilônia 2000, de Eduardo Coutinho, acontece quando a equipe se aproxima de uma moradora do Morro da Babilônia. Ela está sentada na escada na frente de casa, descascando batatas para uma maionese de réveillon. Cinco equipes passavam o dia na favela entrevistando os moradores e registrando como eles viveriam o último dia de 1999. Quando percebe as câmeras, a mulher diz: "É filmagem para aparecer onde? Espera eu me arrumar, mudar o visual". O cinegrafista é rápido ao dizer que não, que daquele jeito está ótimo, o que faz a mulher soltar uma gargalhada de quem entendeu tudo: "Ah, você quer é pobreza mesmo!". A frase é a descrição certeira de um gênero fértil de cinema brasileiro: os filmes feitos para retratar os pobres como vítimas. O É Tudo Verdade, festival de documentários que começou na semana passada em São Paulo, está repleto deles. Os filmes falam sobre um ex-militante do MST do sertão de Alagoas, famílias mineiras pobres, moradores do bairro paulistano de Cidade Tiradentes, índios, quilombolas e ciganos (ciganos de onde? Do sertão de Alagoas). Essas fitas são produzidas em quantidade digna dos enlatados de Hollywood, e são tão parecidas entre si que quase configuram uma área de "estudo" – algo assim como a "pobrologia".
O gênero tem suas regras. A primeira é a melancolia. Um bom filme sobre pobres precisa ser triste. Veja o caso de Sumidouro, de Cris Azzi, que mostra famílias desalojadas por causa da construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha. Muitos dos desalojados que aparecem ali gostaram da mudança – ganharam casa nova com energia elétrica e em frente a uma rua pavimentada. Mas o filme é triste, triste. Exibe uma estrada de terra durante 47 segundos, uma dona-de-casa andando pela rua em 75 segundos e ela mesma, logo depois, em irritantes 54 segundos. Em Moro na Tiradentes, com direção de Henri Arraes Gervaiseau e Claudia Mesquita, é a mesma coisa. As entrevistadas parecem felizes porque Cidade Tiradentes, o bairro mais afastado do centro paulistano, está menos violento e enfim ganhou agências bancárias e uma filial das Casas Bahia. Mas o diretor só quer saber de melancolia, ainda que precise fazer perguntas óbvias e sugestivas, do tipo "Não deve ter sido fácil criar quatro filhos, né?".
Outra regra da pobrologia é captar imagens que mostrem beleza na miséria. Primeiro a câmera pega o indivíduo a distância, num cenário impactante. Depois se aproxima até que seu rosto marcado estoure o enquadramento. Um exemplo é Estamira, documentário de 2004 dirigido por Marcos Prado sobre uma catadora dos lixões cariocas que sofre de problemas mentais graves. Psiquiatras não costumam achar bela a imagem de um doente mental sofrendo com seus sintomas. Mas os pobrólogos enxergam na esquizofrênica Estamira uma profetisa que dispara seus vaticínios entre montanhas de lixo revolto.
É fácil entender o que está por trás desses filmes. Um pobrólogo pensa conforme o marxismo didático, para o qual os pobres são do bem e os ricos são exploradores que fumam charuto. Como em geral não nasceu na miséria e tem escolaridade suficiente para preencher os complicados formulários das leis de incentivo à cultura (um curta-metragem custa em média 50 000 reais aos cofres públicos), o pobrólogo sente culpa – e seu filme vira uma expiação. A idéia do bom selvagem, segundo a qual o ser humano nasce bom e é corrompido pela sociedade, tem outro corolário: retratar o pobre é "resgatar" um Brasil puro e autêntico. O problema é que os pobres, para desilusão dos documentaristas, não são interessantes só por serem pobres. É comum, nesse tipo de filme, o pobre passar por silêncios constrangedores durante uma entrevista no sofá de casa, com cara de quem pensa "por que essa gente ainda está me filmando se eu não estou falando nada de mais?".
Claro que existem situações que merecem registro. Um filme é um excelente meio para apresentar fatos desconhecidos, colocar um assunto em pauta e esquentar a agenda pública. Os Carvoeiros, com direção do inglês Nigel Noble e roteiro de José Padilha, ajudou a transformar a vida de crianças que trabalhavam em carvoarias pelo Brasil. Também há casos em que o pobre salva o filme da pobrologia, como Genivaldo Vieira da Silva, retratado no documentário O Tempo e o Lugar. Líder de invasões do MST em Alagoas no fim dos anos 80, ele é hoje um líder comunitário maduro, que lamenta as práticas do passado. E o documentarista Eduardo Escorel escapa por pouco de criticar a mudança, fazendo um bom paralelo entre a trajetória do país e a do personagem. Hoje, Genivaldo negocia com os adversários políticos, veste camisas engomadas e está bem contente com a renda que seus sítios produzirão. Mostra que pobre, na verdade, não gosta de pobreza. Ao contrário dos nossos documentaristas.
31.3.08
Tratados de "pobrologia"
28.3.08
PLAY - Ilha das Flores - 1989
SINOPSE
EXCELENTE!!!
O documentário apresentado a seguir se trata de uma produção clássica de 1989, Gaúcha, entitulada Ilha das Flores.
A impressão que dá ao assistir a esse vídeo é que um extra-terrestre está tentando entender o funcionamento de nossa sociedade, do capitalismo. Um humor extremamente inteligente aliado ao um soco no estômago faz com que vejamos nossa sociedade - capitalista - com outros olhos.
O próprio diretor, Jorge Furtado, já afirmou em entrevista que o texto do filme é inspirado em suas leituras de Kurt Vonnegut ("Almoço de Campeões"/ "Breakfast of Champions") e nos filmes de Alain Resnais ("Meu Tio da América"/ "Mon Oncle d'Amérique"), entre outros.
O filme já foi acusado de "materialista" por ter, em uma de suas cartelas iniciais, a inscrição "Deus não existe". No entanto, o crítico Jean-Claude Bernardet (em "O Cinema no século", org. Ismail Xavier, Imago Editora, 1996) definiu Ilha das Flores como "um filme religioso" e a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu ao filme o Prêmio Margarida de Prata, como o "melhor filme brasileiro do ano" em 1990. Em 1995, Ilha das Flores foi eleito pela crítica européia como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século.
Prêmios
Lindsay Lohan em alta?
Lindsay Lohan encarnará um dos membros mais fiéis da seita do assassino Charles Manson no filme "Manson Girls", informou hoje o site do canal americano "E!". A atriz, de 21 anos, interpretará Nancy Pitman, confirmou o produtor Brad Wyman. "Sim, vou filmar com Lindsay", disse.
Nancy cresceu em uma região rica de Malibu (Califórnia) e, aos 16 anos, foi apresentada a Manson por um amigo, segundo o site. Ela ficou encantada com o assassino, foi morar com ele e se tornou uma de suas mais ardentes seguidoras.
A jovem estava em casa com Manson na noite em que ele ordenou que membros de sua seita fossem à casa do produtor Terry Melcher, onde eles acabaram assassinando brutalmente cinco pessoas, entre elas a atriz Sharon Tate, esposa do diretor Roman Polanski, que estava grávida de oito meses.
Os assassinos usaram o sangue de suas vítimas para escrever mensagens nas paredes enquanto seguiam as instruções que achavam ouvir na música "Helter skelter", dos Beatles.
Fontes ligadas ao acordo indicaram ao portal que "a produtora vai cobrir o seguro da atriz totalmente", apesar dos problemas da jovem com a Justiça e que ela tenha completado recentemente um processo de reabilitação.
Antes de Lindsay iniciar o projeto, a intérprete filmará a comédia "Ye olde times", com os humoristas Jack Black e David Arquette, que estreará em 2009.
Neste fim de semana, Lindsay estreará a fita independente "Chapter 27", junto a Jared Leto, em um filme que examina a vida do assassino de John Lennon, Mark David Chapman (veja post aqui).
27.3.08
Animação brasileira terá mesma tecnologia de 'A era do gelo'
"O Grilo Feliz e os insetos gigantes", animação brasileira a ser lançada em 2009, está sendo feita em animação gráfica, a mesma tecnologia usada em "A era do gelo". Veja as primeiras imagens do filme no vídeo.
O personagem Grilo Feliz não é novo para os fãs de animação. Seu primeiro longa-metragem estreou nos cinemas em 2001 e foi visto por mais de 260 mil espectadores. "O grilo feliz e os insentos gigantes" é dirigido por Walbercy Ribas e Rafael Ribas.
Na nova história, o Grilo Feliz encontra amigos e até uma namorada, sem deixar de lado sua paixão pela música.
26.3.08
A Morte de George W. Bush - 2006
SINOPSE: 19 de Outubro de 2007. O Presidente Bush está em Chicago para um encontro com líderes locais. Uma grande manifestação contra a guerra está formada. Após o discurso, Bush insiste num encontro com as lideranças no lobby do hotel Sheraton. São 17h11min. Um tiro. O Presidente é atingido e levado ao hospital. Morre após 5 horas.
NEM TÃO FICTÍCIO
Essa é a trama.
O vídeo trata-se de um documentário fictício sobre um suposto atentado a Bush recheado de entrevistas com seguranças e staff fictícios.
O filme caminha para a denúncia do preconceito contra os árabes e a invasão do Iraque, o que é bem real. Embora interessante e curioso em seu formato, perde pontos pelo lançamento um tanto tardio.
O trabalho é do diretor Gabriel Range e foi feito para a TV Inglesa, lançado no Festival de Toronto em 2006.
Avaliação: Quando tiver tempo
25.3.08
Filme sobre o assassino de John Lennon
Quase três meses depois da previsão inicial, chega aos cinemas americanos nesta sexta-feira o filme “Chapter 27”. A trama conta a história de Mark David Chapman, o assassino de John Lennon, nos dias anteriores ao crime, em dezembro de 1980.
Para assumir o papel principal do longa-metragem, o ator Jared Leto fez uma dieta de engorda e ganhou mais de 27 quilos. Comenta-se que o ganho de peso repentino teria provocado problemas de saúde em Leto que, por vezes, teria precisado usar cadeira de rodas.
O filme traz também Lindsay Lohan em momento pré-clínica de reabilitação no papel de Jude, amiga de Mark.
24.3.08
Morte no funeral - 2007
SINOPSE
EXAGERADO E CONFUSO
Até agora estou perplexo com esse filme!
uadarél?
O filme de Frank Oz que tem no seu currículo filmes como Mulheres Perfeitas e Será Que Ele É? tentou juntar toda a esquisitice possível (ou não) em uma família num único acontecimento, um funeral.
Filmes já tentaram isso (só que sem o funeral), Os Excêntricos Tenenbaums e Antonia são ótimos exemplos de como fazê-lo com maestria.
Alguns gostaram. Eu achei ruim. Exagerado.
Algumas críticas o indicam como o melhor filme de Frank desde 1980.
Avaliação: Ruim
Você sabia?
Frank Oz é um produtor de televisão inglês, responsável pelos famosos marionetes e personagens de programas como Sesame Street e Muppets Show.
Na série de filmes Star Wars, era o responsável por manejar a marionete e interpretar a voz de Yoda, com exceção do Episódio IV, em que o personagem não aparece. Nos episódios II e III, Oz apenas dubla o personagem, uma vez que, a partir desses episódios, ele passa a ser animado por computação gráfica.
20.3.08
Eu sou a Lenda - 2007
SINOPSE
O INÍCIO ME LEMBROU NÁUFRAGO
...principalmente se trocarmos a linda Samantha por uma bola Wilson.
Fiquei curioso sobre como acabaria o mundo. Sabia que como todo bom filme americano, temos um final feliz. Esse, foi mais feliz que os anteriores. Apesar da pequena participação de Alice Braga (sobrinha de Sônia Braga), gostei de vê-la fechando o filme. Está longe de receber algum comentário sobre sua atuação. Ela pareceu-me intimidada. Mas é um começo.
Bem, sobre o filme? o filme é mais um daqueles de fácil digestão, alguns efeitos visuais (não muito bons), um cenário bacana (matagal em Washington) e Will Smith querendo ser o novo Arnold.
Avaliação: Quando tiver tempo
Curiosidades
- A Warner Bros detém os direitos do livro de Richard Matheson desde a década de 70.
- Originalmente seria realizado na década de 90, com Ridley Scott como diretor e Arnold Schwarzenegger como protagonista. Entretanto o orçamento cresceu tanto que ambos deixaram o projeto.
- Em 2002 o projeto foi retomado, com Michael Bay como diretor e Will Smith como protagonista. Porém ambos desistiram para realizar Bad Boys 2 (2003).
- Guillermo del Toro foi indicado por Will Smith para dirigir Eu Sou a Lenda, mas recusou a proposta.
- Cameron Monaghan fez testes para o personagem Ethan.
- As filmagens ocorreram entre 23 de setembro de 2006 e 31 de março de 2007.
- Boa parte das filmagens ocorreu no Washington Square Park, na cidade de Nova York, entre o outono e o inverno de 2006. Com isso as decorações de Natal tiveram que ser constantemente retiradas e recolocadas, devido às filmagens.
- As cenas na ponte do Brooklyn utilizaram mais de mil extras, além de aviões e veículos militares. O custo estimado pelos produtores para a realização de 6 noites de filmagens foi de US$ 5 milhões.
- Os produtores precisaram da autorização de 14 agências governamentais para rodar cenas na ponte do Brooklyn.
- Will Smith conseguiu uma licença das filmagens por alguns dias, para ir ao casamento de Tom Cruise e Katie Holmes em Roma.
19.3.08
Play - Trailers falsos Grindhouse
Para ler o post sobre o filme Grindhouse clique aqui
Machete
Rodriguez dirige esse segmento, escrito em 1993 como um filme para o ator Danny Trejo (frequente colaborador) para dar-lhe uma série de filmes como Charles Bronson ou Jean Claude Van Damme. Seguindo um assassino de aluguel mexicano traído por seus contratantes, Machete será adaptado num filme de longa-metragem lançado em DVD em 2008.
Werewolf Women Of The S.S.
Dirigido por Rob Zombie, é inspirado em filmes com nazistas dos anos 70, mostrando um plano secreto do Dr. Heinrich von Strasser (Bill Moseley) da SS de transformar mulheres em lobisomens. Nicolas Cage aparece como Fu Manchu.
Don't!
Dirigido por Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto), é homenagem aos filmes italianos dos anos 70, com narração assustadora, mansões assombradas, e história quase sem nexo.
Thanksgiving
Eli Roth (Cabin Fever) dirige esse segmento, um filme de assassinos passado no Dia de Ação de Graças (parodiando outros passados em feriados como Halloween, Natal Sangrento e Dia dos Namorados Macabro).
18.3.08
Planeta Terror - 2007
SINOPSE
O TRASH DE TARANTINO E RODRIGUEZ
O filme assusta!
Não pelo suspense (que não existe), mas pela quantidade de cenas bizarras no filme dirigido por Robert Rodriguez.
O filme atende, e muito bem, para o que é proposto. Divertido e bizarro, segue seus 90 minutos apresentando soluções absurdas a personagens mais absurdos ainda.
Fazendo uma referência aos trashes, o filme reúne sequências de explosões, tiros, mortes, sangue e cenas dignos do gênero. Sem falar na capacidade inigualável em fazer do comum algo inusitado.
Avaliação: indico
10 motivos não óbvios para você assistir
- Trailer de Machete;
- Faca de bolas;
- Agulhas da Dra;
- Arma de El Wray;
- Dra. engalhada na persiana;
- Moto do filho da Dra;
- Tarantino tarado;
- Tiro que faz GO-GO voar;
- GO-GO na garupa da moto e metralhadora;
- Posição nº 36 de GO-GO;
- GO-GO e o óculos pós-míssil*
ENTENDA A GRINDHOUSE DE TARANTINO E RODRIGUEZ
Em tópicos.
- Site oficial
- Site oficial - nacional
- GRINDHOUSE: é um termo americano que designa uma sala de cinema onde são mostrados filmes do gênero "Exploitation", que significa em português (exploração, Abuso). As Grindhouses apresentavam filmes de sexo ou violência "a mais", o que não poderia ser apresentado numa sala de cinema normal, Grind-House pode fazer também referência a um tipo de sala de cinema de baixo orçamento, comum nas cidades do interior americano entre os anos 50 e 80 do século 20.
- POR QUE DOIS FILMES NUM ÚNICO DVD? (...) Numa tentativa desesperada de atrair novas audiências, os responsáveis por tais salas optaram por "despejar" programas duplos e triplos de filmes série B, ao preço de um único bilhete.
- TRAILERS FALSOS: Para dar a cara das Grindhouses os dois filmes contém trailers falsos.
Machete
Werewolf Women of the SS
Don't
Thanksgiving
No post de amanhã você poderá assistí-los.
- DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL: Como o conceito de sessão dupla das Grindhouses é desconhecido GrindHouse foi dividido em dois filmes.
- SEGUNDO FILME: A Prova de Morte (Death Proof, EUA, 2007) - em breve um post aqui
17.3.08
Cadáveres - 2006
SINOPSE
HONESTAMENTE?
não vou perder meu tempo falando mal desse filme.
Avaliação: Péssimo
14.3.08
Play - Minhocas
Algum tempo atrás comentei sobre este curta.
LEIA POST CLICANDO AQUI
Como informei no post, logo teremos o primeiro longa em stopmotion brasileiro.
Curta Minhocas: PLAY
13.3.08
Kate Winslet assume papel de Nicole Kidman
O drama sobre o Holocausto The Reader voltou a ser produzido em Berlim, depois das filmagens terem parado no ano passado, quando Nicole Kidman foi forçada a largar o trabalho por causa da gravidez.
A história se passa na Alemanha do pós-guerra e tem como personagem central um adolescente que inicia um longo e obsessivo caso com a personagem de Winslet.
Ele nunca chega a conhecê-la muito bem - então, quando ela desaparece, ele pensa que nunca mais irá vê-la novamente. Mas, para o seu horror, o adolescente descobre que ela é ré em um julgamento de crimes nazistas. Logo, fica claro que ela é culpada de um crime indizível.
O projeto reúne o diretor Stephen Daldry e o roteirista David Hare, que já trabalharam juntos antes, no filme As Horas, que deu o Oscar a Kidman. Ele é baseado no best-seller do alemão Bernhard Schlink.
A MGM e a Weinstein Co. vão lançar o filme na América do Norte em dezembro.
12.3.08
Motoqueiro Fantasma - 2007
SINOPSE
VAI ASSISTIR ISSO? HAHAHAHA
Depois não diga que eu não avisei.
Curiosidades
- Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Ator (Nicolas Cage).
- A franquia do gibi "Motoqueiro Fantasma" surgiu nos anos 40, de forma inteiramente diferente: era uma série de faroeste protagonizada por um pistoleiro a cavalo. Esta série foi comprada pela Marvel e reinventada nos anos 70, quando ganhou os moldes atuais.
- É o 3º filme dirigido por Mark Steven Johnson. Os anteriores foram Pequeno Milagre (1998) e Demolidor - O Homem Sem Medo (2003).
- Jon Voight chegou a ser contratado para atuar em Motoqueiro Fantasma, mas posteriormente deixou o projeto.
- Eram necessárias 3 horas todo dia para que o penteado de Nicolas Cage ficasse como o visto no filme.
- Nicolas Cage possui uma tatuagem do Motoqueiro Fantasma em seu corpo. Ela foi coberta por maquiagem para que ele pudesse interpretar Johnny Blaze, alter-ego do personagem.
11.3.08
O Vidente - 2006
SINOPSE
CRÍTICA É DURA SOBRE O FILME, MAS...
Concordo perfeitamente que em "O motoqueiro fantasma" Nicolas Cage errou, e errou feio.
Mas nesse filme, mesmo cheio de clichês, a ação é envolvente e certamente se tornará mais um ótimo filme para Tela Quente.
The Golden Man, conto de Philip K. Dick (1928-1982) no qual O Vidente (Next, 2007) se baseia, não tem nada a ver com o filme.
Além de personagens mal escritos e erros de continuidade, o filme tenta fazer algumas críticas ao governo que não colam. Sem comentar as descartáveis atuações de Jessica Biel e Juliane Moore.
...mas na realidade, quem está preocupado em assistir algo inteligente, não vê filmes de ação.
Avalição: Quando tiver tempo veja na Tela Quente
10.3.08
Lições de vida - 2006
SINOPSE
RONY DE H. POTTER FAZ UMA BOA ESCOLHA
Filme com o ator Rupert Grint é leve, sem grandes conflitos, porém agradável.
Ator contracena com Julie Walters. Trabalharam juntos em Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007), onde Julie era sua mãe.
Não crie grandes expectativas, o filme vai passar na sessão da tarde.
Avaliação: Quando tiver tempo
Curiosidades
- Ganhou o Prêmio Especial do Júri e o prêmio de Melhor Atriz (Julie Walters), no Festival de Moscou.
- O diretor Jeremy Brock declarou que escolheu Rupert Grint para estrelar Lições de Vida por considerá-lo mal aproveitado em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004) e Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005).
- Durante as filmagens Rupert Grint ainda tinha 16 anos. Como com esta idade é proibido dirigir na Inglaterra, o ator teve que rodar as cenas em que seu personagem aprendia a dirigir em estradas privadas do país.
7.3.08
Figurino de ‘Sex and the city’ é tão aguardado quanto o filme
PONTOS IMPORTANTES SOBRE O FILME
- estréia prevista nos Estados Unidos em 30 de maio
- No site do filme, além do trailer, há um vídeo intitulado “Back in fashion” (de volta à moda)
- Prefeito de Nova York terá papel no filme
- Jennifer Hudson fará parte do elenco de
- Chris Noth vai reviver Mr. Big no filme de
- www.sexandthecitymovie.com
Novo trailer
Primeiro trailer
6.3.08
ISTOÉ - Simpsons - Entrevista
Folks,
segue na íntegra entrevista feita com David Silverman, o criador dos Simpsons.
“É uma loucura os Simpsons fazerem sucesso há 19 anos”
Em entrevista a ÉPOCA, David Silverman, diretor do filme de Homer, Marge, Lisa, Maggie e Bart, se surpreende com a longevidade do sucesso do seriado
Ele estava presente quando os Simpsons nasceram, há 21 anos. Em 1987, David Silverman foi convidado para criar sete curtas de animação de um minuto e meio para o programa de entrevistas da atriz e comediante Tracy Ullman. Um cartunista estabelecido em Los Angeles, chamado Matt Groening, tinha tido uma idéia para satirizar as famílias perfeitinhas da TV apontando todos os defeitos de uma sociedade que se entregava mais e mais ao consumismo inconseqüente. As estrelas dos curtas seriam Homer, Marge, Lisa, Maggie - nomes que o cartunista Matt Groening pegou emprestado, sem cerimônias, de seus pais e irmãs - e o diabinho Bart Simpson, o alter-ego de Matt. Silverman, de 50 anos, é tido como o criador do jeito correto de desenhar a família Simpson e dirigiu o primeiro episódio, com meia hora de duração, que foi ao ar no natal de 1989 - hoje, já são os 413 episódios. Ele, que já trabalhou na Pixar (criadora de Toy Story e Ratatouille e na DreamWorks (Shrek e Fuga das Galinhas), voltou ao time de Matt Groening só para dirigir o filme dos Simpsons, que acaba de ser lançado em DVD. Leia entrevista que ele concedeu a ÉPOCA.
ÉPOCA - Quanto tempo vocês passaram pensando em fazer um filme de Os Simpsons?
David Silverman - Em 2001, quando trabalhava para a Pixar [David Silverman co-dirigiu o filme Monstros S/A, recebia notícias de que o filme estava sendo escrito. Bom, essa foi uma das razões porque eu deixei e Pixar em 2001 e voltei para a Fox. Eu queria ficar na Pixar, mas Matt Groening [criador de Os Simpsons] me ligou. Eu estava em Los Angeles e encontrei Matt numa festa. Vi meus amigos que não via há muito tempo. Sentia falta daquela família. Disse a ele: “só volto se puder dirigir o filme”. Ele respondeu positivamente. Enquanto fazíamos o filme, fiz os quatro ou cinco últimos episódios de Halloween. E foi ali que testei o que gostaria de usar no filme. Foi um campo de testes para muitas idéias e técnicas.
ÉPOCA - Os primeiros curtas dos Simpsons, em 1987, tinham um tipo de animação que lembrava os desenhos clássicos da década de 1950, de artistas como Chuck Jones. Havia mais liberdade nos traços. Essa estética só durou até a segunda temporada. Você concorda que, desde então, o desenho ficou mais comportado?
Silverman - Os curtas do programa de TV Tracy Ullman [que deram origem ao seriado Os Simpsons foram feitos só por mim e [o animador e diretor] Wes Archer. Tomamos a liberdade de fazer algumas coisas bem loucas. E continuamos com isso na primeira e na segunda temporadas. Existia uma coisa no jeito como eu e Wes animávamos os personagens que cativou Matt [Groening]. Mas descobrimos que seria difícil explicar isso para as outras pessoas uma vez que o programa virasse um seriado. Nos episódios que dirigi, entretanto, como quando Homer tem um ataque cardíaco, pude tomar as minhas liberdades (risos).
ÉPOCA - Você animou a seqüência do primeiro episódio da Casa da Árvore do Terror, uma famosa cena em que Homer e Bart recriam o poema “O Corvo” de Edgar Allan Poe. Como foi fazer esse episódio?
Silverman - Tudo depende do que o escritor pede. No Corvo, era tudo fantasia. O roteiro era o poema de Poe, então tudo dependeu do visual para funcionar. No filme, o roteiro era rico, cheio de referências, então fizemos uma animação que ajudasse o texto, e não o contrário.
ÉPOCA - Vocês costumam incluir piadas nos episódios que só são entendidas quando o espectador revê o programa em câmera lenta. São piadas que ficam na tela durante um ou dois segundos - e isso é uma das principais características de Os Simpsons, algo que criou um culto na internet. Como isso é feito?
Silverman - Normalmente é escrito no roteiro. Mas às vezes temos idéias no storyboard. E conversamos sobre elas e descobrimos se funciona ou não. Também temos idéias, às vezes, durante o processo de animação.
ÉPOCA - Os Simpsons tem uma longa relação com os fóruns de internet. Alguns têm mais de 15 anos de existência. Durante este tempo, esses sites reproduziam qualquer notícia que reacendesse a esperança de ver o filme realizado e especulavam sobre a qualidade do produto final. Você se preocupou em ler os fóruns antes de fazer o filme? Ou depois?
Silverman - Nós não os lemos antes porque estávamos muito ocupados fazendo o filme. Depois, sim, lemos. Existe um grupo chamado Nohomers.com, que é muito crítico, e que costumamos ignorar porque são muito amargos. Depois que o filme saiu, [o produtor-executivo e redator] Al Jean se saiu com essa: “Eu não disse! Eles são muito bons, sempre gostei do nohomers.com!” Ficamos surpresos que um grupo como esse tivesse gostado do filme. Queríamos fazer algo que todo mundo pudesse curtir. Queríamos introduzir os personagens de uma forma que as pessoas que nunca viram o programa fossem capazes de entender. Mas ao mesmo tempo, não queríamos que os fãs se sentissem esquecidos. Depois que estava pronto, a gente pensou: “Não foi tão difícil, só tínhamos um bom script e animamos os personagens!” Está errado. Foi difícil para caramba. A diferença toda é esta: para fazer boa TV, não importa se aquele episódio específico não saiu engraçado. Na outra semana teremos outro. Mas o filme era uma única chance.
ÉPOCA - No filme, há um uso proeminente de 3D, que não tem muito espaço na série.
Silverman - Essa foi uma das coisas que percebi que dava para usar. Os veículos, por exemplo, podiam ser em 3D, para aliviar as dificuldades de desenhar carros. Algumas cenas teriam que usar 3D, como a cena final, com a motocicleta. Então decidi aplicar cenários 3D em outras cenas do filme, porque não queria que os gráficos computadorizados aparecessem de repente, perto do fim. Também achei que poderíamos fazer tomadas com cenários sobrepostos. Eram tomadas feitas em 3D organizadas no computador para dar a dimensão de espaço. Partes diferentes do cenário mudavam de lugar em velocidades diferentes. Quando a câmera se mexe em direção a um personagem, é como cinema de verdade, numa grua. Eu sempre defendi o uso na TV, porque nem é tão caro.
ÉPOCA - Quando você começou a trabalhar com animação, os computadores ainda não trabalhavam bem com gráficos. A geração seguinte nasceu entre programas úteis e fácies de usar. Qualquer cara em casa pode fazer um curta de animação. Você acha que essa facilidade beneficiou a animação ou só gerou porcaria?
Silverman - Um pouco de cada. Tem muita m... na internet. Mas penso: “Ei, se eu tivesse esse tipo de facilidade quando era garoto, podia fazer várias coisas boas rapidamente”. Se eu tivesse essas facilidades, não teria demorado tanto para fazer meu primeiro filme. Em 1978, levei cinco anos para fazer um filme. Se tivesse como pintar os quadros de animação no computador, teria feito o filme em dois anos. (Suspiro). A animação era tão trabalhosa, tão chato! Hoje o difícil é imaginar um desenho. Antes, a parte difícil era pintar as células, filmar as células, voltar, corrigir um erro com mais tinta, filmar de novo... Para o inferno com isso!
ÉPOCA - Você não sente nenhuma nostalgia?
Silverman - Odeio quando os caras dizem que sentem falta dos velhos tempos. Era um trabalho louco, doloroso. Penso assim: “Já tenho a idéia, sei como quero que fique visualmente”. Então, a partir dali, é trabalho de partir madeira. E tem sempre muita madeira para cortar. Falei uma vez com um animador que nasceu em 1890, o cara que desenhou a Betty Boop. Ele trabalhou na Disney em Branca de Neve. Um cara muito bem treinado, trabalhou na Europa. Sabia como desenhar e animar, enquanto os outros animadores da Disney eram ilustradores de jornal ou cartunistas. Uma vez ele disse pra mim: “A máquina de xerox é uma grande invenção! A gente pode aumentar as coisas com muita facilidade. Na Disney, antigamente, a gente tinha que fazer um processo complicadíssimo pra aumentar um desenho mínimo”. Ele morreu aos 100 anos, adorando as invenções que economizavam tempo. Penso da mesma forma.
ÉPOCA - Quais são as responsabilidades do criador da série, Matt Groening, hoje em dia?
Silverman - Ele estava muito envolvido na redação, mais do que está normalmente nos episódios da TV. Há uma coisa ótima sobre ele que é que ele tem idéias específicas que ninguém acredita durante a redação - mas que ficam ótimas.
ÉPOCA - Matt Groening, o criador da série, concedeu entrevistas a diversos veículos. Ele não é tão engraçado falando sozinho.
Silverman - Matt é um redator engraçado. Já o vi dizer coisas muito espirituosas, muito inteligentes. Mas tudo depende. Alguns dos melhores escritores de comédia não sabem fazer performances. Há caras que sabem fazer as duas coisas, que vieram da comédia stand-up. Há redatores em Os Simpsons que só são engraçados no papel. Matt, na sala de criação, pode ser muito engraçado.
ÉPOCA - Ele tem um contrato em que sua assinatura está em todos os desenhos de Os Simpsons. Muito esperto, não?
Silverman - Sim! Como Disney. É ótimo para ele. Deixa eu explicar uma coisa: muitos artistas são passados para trás quando o assunto são direitos autorais. É ótimo ver um artista se dando bem. Eu não criei o conceito de Os Simpsons. Certamente ajudei a refiná-lo, desenhei-os de maneira mais bonita. Mas as pessoas não entendem que criar um conceito que se torna um grande sucesso, ter essa idéia, é uma coisa grande. Todos contribuímos, trabalhamos muito para que a série acontecesse, e às vezes pensamos: “não estou tendo o crédito suficiente” - mas Matt criou um conceito que funcionou. Você pode colocar as mesmas pessoas numa sala, com um conceito diferente, e a coisa pode não funcionar. Nas muitas vezes em que as pessoas me perguntaram se não sinto inveja, respondi: “nunca, porque criar um conceito como os Simpsons é algo grande”.
ÉPOCA - Como você imagina a animação daqui a 20 anos?
Silverman - Suspeito que você vai ver uma dominação ainda maior da computação gráfica. Mas acho que a animação 2D, como Os Simpsons, ainda terá seu espaço. Também tenho a impressão que o animé japonês vai crescer e ser mais popular nos EUA, o que vai ajudará a manter a animação 2D no mercado.
ÉPOCA - Você já veio ao Brasil?
Silverman - Estive no Brasil para o primeiro Anima Mundi, em 1993. Fui falar sobre os Simpsons, que já era um assunto muito grande. E era 1993! Ali, quando tinha ido ao ar por quatro anos, já parecia muito para mim. Muitos programas não duram quatro anos.
ÉPOCA - Que dirá 19 anos.
Silverman - É uma loucura.
5.3.08
Meryl Streep participa de musical com canções do Abba
A atriz Meryl Streep é uma das estrelas do musical Mamma Mia, adaptação do espetáculo de mesmo nome que virou um dos clássicos da Broadway. Todas as canções do filme foram feitas pela banda sueca Abba, que nos anos 70 "explodiu" nas rádios com a canção Dancing Queen.
Produzido por Tom Hanks, o longa conta a história de Donna (Meryl Streep), uma mãe que nunca soube a real identidade do pai da sua filha. A situação muda quando a garota resolve se casar e acaba convidando três homens que podem ser seu verdadeiro pai para a grande festa, entre eles o personagem interpretado por Pierce Brosnan.
Dentre os sucessos da trilha sonora, figuram Dancing Queen e a própria Mamma Mia, que compõe o trailer.
Desde sua estréia em Londres, em 1999, Mamma Mia arrecadou mais de um bilhão de dólares em todo o mundo, se tornando um dos musicais de maior sucesso de todos os tempos.
Mamma Mia estréia no Brasil em 15 de agosto.
4.3.08
Casamento de Muriel - 1994
SINOPSE
ABBA INSPIRA SONHO DE CASAMENTO
Toni Collette está excelente nesse filme. Indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz.
YOU'RE TERRIBLE MURIEL!
Muriel aprende com o tempo como viver sendo ela mesma, depois de ter sido vítima de suas tentativas em ser aceita pelo círculo de amizade.
Vencendo sua insegurança e percebendo, depois de alcançar o sucesso, que tudo aquilo fazia parte de uma idealização, e não realidade.
Filme divertido, atual, e com ótimos personagens. Colocaria "qualquer Almodóvar" no chinelo.
Dirigido pelo cineasta australiano P.J. Hogan, esse foi o seu primeiro sucesso e ajudou a alavancar a carreira da protagonista. Em 1997 dirigou O Casamento de meu Melhor Amigo. Seu filme mais recente foi a adaptação da obra Peter Pan.
Avaliação: Assista agora, já já já
3.3.08
Selvagem - 2006
SINOPSE
ANIMAÇÃO DA DISNEY É CHATA E LEMBRA OUTROS FILMES
Um filhote quer a liberdade. Os pombos indicam o caminho para a selva. O filhote se perde. O bai vai procurar seu filho.
Com protagonistas que parecem a versão 4 de O REI LEÃO, argumento que lembra PROCURANDO NEMO e MADAGASCAR, a animação da Disney é chata e peca em piadas sem graça e repetidas.
Avaliação: Não perca seu tempo!